Como foi abril:
Abril foi um mês de baixa generalizada nas bolsas pelo mundo, principalmente nos EUA. As empresas de tecnologia finalmente partiram para um ajuste após indicadores de inflação ainda resilientes que provocaram forte ajuste na curva de juros. Mais uma vez o Brasil foi destaque negativo do mês, com alta forte na curva de juros, também influenciada com medidas do governo visando “adaptar” o recém criado Arcabouço Fiscal.
As ações de segunda linha foram o destaque de baixa, sentindo muito a abertura da curva de juros. A situação aqui se agrava com a persistente saída dos investidores estrangeiros retirando recursos e com notícias locais negativas. Nossa carteira sofreu bastante impactada pela performance ruim das Small e Mid Caps que compõem a maior parte dela, na nossa visão o movimento foi exagerado prejudicando bastante a performance de nossos fundos já que preferimos enfrentar o ajuste como oportunidade de compra.
O que esperar para Maio:
O Mercado de Ações Americano, que vinha muito forte, finalmente teve um ajuste em abril, podendo se prolongar para a primeira quinzena de maio quando imaginamos, retomará a tendência de alta. Acreditamos que o ajuste nos mercados foi exagerado tanto nos EUA onde vemos o FED sem espaço para aumentar os juros e a inflação ainda que resiliente, deverá sinalizar uma convergência para a meta em algum momento do segundo semestre.
Já aqui no Brasil o movimento de juros nos EUA teve um impacto ainda maior apesar da inflação por aqui sob controle. Também achamos exagerado o ajuste por aqui e com perspectiva de melhora substancial nos próximos meses tanto no mercado de ações, em especial nas Small e Mid Caps, onde mantemos posições expressivas, como no de juros.
Nossa posição segue sem grandes alterações com uma posição comprada em ações no Brasil, nos EUA e também na Índia. Mantemos a carteira no exterior sem hedge no dólar e seguimos com NTNBs com vencimento em 2026 e 2050.
Publicado por
Paulo Battistella Bueno
Partner & Portfolio Manager at Santa Fé Investimentos