Como foi março:
Março foi um mês de alta nas bolsas pelo mundo. Destaque para os EUA. Tecnologia seguiu brilhando o que drenou recursos de emergentes como o Brasil, certamente o destaque negativo do mês e do trimestre. As ações de segunda linha seguiram se fortalecendo chamando atenção para o Russell 2000 que novamente teve boa valorização mostrando sequência na qualidade do movimento de alta que agora se espalha pelas Small e Mid Caps. No Brasil também vimos esse fenômeno, mais influenciado por problemas de governança nas estatais brasileiras, onde a interferência do governo na decisão de reter os dividendos extras da Petrobras acendeu uma luz amarela, fazendo inclusive, com que algumas casas de fora recomendassem venda de ações das estatais brasileiras.
Mais uma vez, aqui no Brasil, seguimos com os investidores estrangeiros retirando recursos e sem maiores notícias de Brasília que, mesmo depois do Carnaval e da Páscoa, parece ainda não ter voltado do recesso.
Olhando para nossos fundos que performaram muito bem, as empresas de tecnologia contribuíram de forma positiva no mês. Nossa carteira de ações local também foi bem, com destaque para Embraer, C&A,, Santos Brasil e Enauta. Também a curva de juros seguiu abrindo com temores de inflação nos EUA.
O que esperar para Abril:
O Mercado de Ações Americano, ainda muito forte, sugere um ajuste agora em abril. Já aqui no Brasil, mais descontado, a atenção está no fluxo dos estrangeiros que segue como motor dos movimentos de alta por enquanto. Seguimos aguardando um sinal de retomada nesse fluxo para um movimento mais consistente no nosso mercado que deve seguir muito seletivo. Mantemos posição comprada em ações no Brasil, nos EUA e também na Índia. Continuamos com a carteira no exterior sem hedge no Dólar e seguimos com NTNBs com vencimento em 2026 e 2050.
Publicado por
Paulo Battistella Bueno
Partner & Portfolio Manager at Santa Fé Investimentos