DA TESE À CONVICÇÃO: AJUSTE DE POSIÇÕES NA CARTEIRA

No universo dos fundos de investimento, identificar ativos promissores é apenas o primeiro passo. O verdadeiro desafio está em determinar quanto investir em cada posição. Essa decisão, muitas vezes invisível ao investidor final, é fundamental para proteger o portfólio, equilibrar riscos e manter a liquidez necessária. O dimensionamento de posição é, portanto, um dos pilares da gestão profissional, unindo técnica, disciplina e governança.
Por que o dimensionamento é decisivo?
Definir o peso de cada ativo não é apenas uma questão operacional — é um instrumento estratégico que cumpre papéis essenciais:
- Gestão de risco: evita concentrações excessivas e protege o portfólio em momentos de estresse.
- Consistência: garante disciplina e padronização nos critérios de alocação, fortalecendo a governança.
- Aproveitamento de assimetrias: permite capturar oportunidades relevantes sem comprometer o perfil de risco do fundo.
Abordagens utilizadas
Na Santa Fé Investimentos, o peso da alocação é construído sobre dois pilares complementares:
- Convicção fundamentalista: alocamos mais capital em teses de alta confiança, fruto da análise qualitativa aprofundada de nossa equipe.
- Modelos quantitativos de risco: calibramos as posições de acordo com volatilidade, liquidez e correlação, assegurando rigor estatístico e controle efetivo do risco.
Todo esse processo é realizado dentro dos limites máximos por posição e setor econômico, previamente definidos e revisados em nosso Comitê de Risco, o que garante disciplina, governança e consistência ao portfólio.
Fatores que moldam o tamanho das posições
Na prática, a definição do tamanho adequado considera alguns elementos:
- Liquidez: garante capacidade de entrada e saída sem impacto excessivo nos preços.
- Correlação entre ativos: evita riscos ocultos em posições aparentemente diversificadas.
- Cenário macro e setorial: condições externas podem justificar limites mais conservadores.
- Compliance e regulação: limites estabelecidos pelas políticas internas de investimento.
Ferramentas que apoiam o processo
A disciplina é reforçada por ferramentas de gestão robustas, como:
- Value at Risk (VaR): que delimita o risco máximo por ativo ou setor.
- Stress tests: simulações de cenários adversos que testam a resiliência do portfólio.
Conclusão
Mais do que números e modelos, o dimensionamento de posição representa o compromisso do gestor com a proteção e o retorno do investidor. Ao seguir critérios claros, disciplinados e alinhados à governança, os fundos conseguem preservar a consistência, capturar oportunidades e manter a confiança dos cotistas.
Fique por dentro das nosas decisões e performance. Clique aqui e siga nossas redes sociais!
Publicado por
Ricardo Leite Franco Filho
Partner & Investment Analyst at Santa Fé Investimentos