Como foi janeiro
Janeiro foi um mês em que o Brasil “descolou” do exterior. Talvez por ter saído na
frente, avançando mais e mais rápido, mas o fato é que o IBOVESPA deixou a desejar
em janeiro frustrando nossa expectativa de alta ainda dentro da sazonalidade positiva
iniciada em novembro de 2023. A performance das Small e Mid Caps locais deixou
muito a desejar mesmo com as indicações da sequência de queda nos juros por aqui.
Já nos EUA, após um ajuste nas primeiras semanas, as empresas de tecnologia
voltaram a liderar os ganhos impulsionadas pelo balanço da Netflix que deu o pontapé
inicial na temporada de resultados. As empresas de semicondutores também foram
muito bem e merecem destaque. De um lado as “big techs” contribuíram de forma
positiva no mês, especialmente para o Aquarius, assim como nossa posição em Índia
que seguiu se valorizando. Mas lado negativo, fica para nossa carteira de ações local
mais focada em Small e Mid Caps e para a curva de juros, que abriu um pouco no final
do mês graças aos incômodos vindos de Brasília com ruídos fiscais.
O que esperar para fevereiro
Depois de um janeiro muito forte, e os anúncios já esperados e precificados do FED e
COPOM, uma acomodação pode ser esperada em NY, o que pode refletir aqui
também.
Seguimos com uma posição comprada em ações no Brasil, nos EUA e também na
Índia, sendo nossa carteira no exterior sem hedge no dólar. Mantemos a posição de
NTNBs com vencimento em 2026 e 2050.
Acreditamos que esta possível acomodação de fevereiro traga um excelente ponto de
entrada em posições vencedoras, uma vez que nossa visão para o ano de 2024 segue
positiva para bolsa. Que façamos bons investimentos!
Publicado por
Paulo Battistella Bueno
Partner & Portfolio Manager at Santa Fé Investimentos