Como foi maio:
O mês de maio bastante misto para os ativos de risco quando comparamos o comportamento da bolsa brasileira com os Estados Unidos. Enquanto a bolsa americana se comportou positivamente em virtude da precificação do início do corte de juros, no Brasil tivemos um mês complicado por conta da abertura da curva longa de juros e a tragédia no Rio Grande do Sul.
Em um cenário volátil no país, nossos fundos multimercados conseguiram se mostrar equilibrados e performaram de forma mais positiva, com destaque para o Agro Hedge, que manteve seu padrão mais defensivo pela sua exposição à empresas ligadas ao dólar.
O primeiro destaque fica por conta de Nvidia, que reportou um grande resultado e fortaleceu o movimento próspero de investimento em inteligência artificial. Outro setor que impactou a performance positivamente foi o de bancos digitais, especialmente Banco Inter e Nubank. Por fim do lado positivo, as posições em BDR’s americanas e papeis como BRF, Embraer e Marfrig também tiveram boas performance no mês.
Do lado negativo, o impacto ficou por conta das empresas atreladas aos juros e ao petróleo, como por exemplo C&A, Enauta e a construtora Tenda.. Ainda assim conseguimos alternar posições estratégicas que se defenderam bem e proporcionaram um equilíbrio a carteira para um resultado melhor.
Nossos fundos:
Diante de um cenário repleto de incertezas econômicas e variações do mercado atreladas à isso, entendemos que hoje o Aquarius e o Scorpius estão com baixa volatilidade e muito bem protegidos, possuindo também uma certa diversidade considerando as categorias de investimentos que envolvem o fundo. Além disso, possuímos uma gestão ativa que avalia e direciona as alocações de modo a revisar tendências com frequência para buscar sempre companhias sólidas e bem estruturadas.
Hoje, o Santa Fé Aquarius FIM está alocado em 46,22% de renda fixa (NTN-B26, NTN-B50 e LFT), 48,39% em ações, sejam brasileiras ou internacionais e 6,28% em pequenas porções de situações especiais. O destaque fica pela exposição, neste momento, em mais empresas americanas e/ou atreladas ao dólar, buscando uma política mais defensiva para com o mercado.
Seguindo o mesmo raciocínio por ser um multimercado, o Santa Fé Agro Hedge FIC FIM está com exposição de 46,77% em renda fixa e também menos posicionado em ações (38,65%). O restante da carteira está investido em um book de FIAGROs, os Fundos de Investimentos agrícolas.
Já o Santa Fé Scorpius FIA está alocado em cerca de 21,51% em renda fixa (LFT) e 81,49% em ações brasileiras e internacionais, com maiores posições nos setores financeiro e bens de capital. Seguindo a política de defesa, buscamos reduzir a posição de bolsa brasileira, aumentado a exposição em caixa e nos Estados Unidos.
Para o mês de junho, podemos ver o começo das perspectivas para o segundo semestre, como a eleição nos Estados Unidos, a nova safra das commodities agrícolas e o incício do corte de juros pelo BCE (Banco Central Europeu). Enquanto aqui no Brasil teremos mais clareza sobre os desdobramentos da tragédia do Rio Grande do Sul, importantes discussões no Congresso Nacional e o início da corrida política pelas eleições municipais.
Publicado por
Paulo Battistella Bueno
Partner & Portfolio Manager at Santa Fé Investimentos