Novembro foi um mês especialmente positivo para os fundos da Santa Fé. A combinação entre rotação global para mercados emergentes, sazonalidade favorável e um ambiente doméstico de forte apetite por risco impulsionou os ativos brasileiros e resultou em performances expressivas em nossas estratégias.

Cenário Macroeconômico

Os mercados globais apresentaram comportamento misto ao longo do mês. Nos Estados Unidos, houve um movimento de realização após a forte recuperação do ano. O Nasdaq recuou 1,51%, enquanto o S&P 500 avançou 0,13% e o Dow Jones fechou com alta de 0,32%.

O destaque ficou mais uma vez com os mercados emergentes. O Brasil manteve sua trajetória de forte valorização, com o Ibovespa subindo 6,37% e o índice de small caps avançando 6,03%. O ETF EWZ, que representa as ações brasileiras na Bolsa de Nova York, também teve um mês expressivo e subiu 7,83% em novembro, acumulando mais de 40% de alta em dólar no ano.

Além do Brasil, outros países continuaram a se beneficiar do fluxo global em direção ao bloco emergente. Colômbia, Chile, África do Sul e Coreia do Sul apresentaram desempenhos robustos, refletindo o novo arranjo geopolítico e comercial do pós tarifa, que tem favorecido economias com maior potencial de crescimento relativo.

O dólar registrou queda de 0,70% no mês, reforçando a atratividade dos ativos locais. A entrada de dezembro marca ainda o início de um período historicamente positivo para os mercados. O chamado Rally Natalino costuma impulsionar os ativos de risco e contribuir para um fechamento de ano mais construtivo.

No horizonte de 2026, o Brasil se prepara para um ciclo eleitoral que tende a ganhar força a partir dos próximos meses. As pesquisas recentes indicam queda na popularidade do presidente Lula e abrem espaço para um cenário ainda incerto, que certamente será refletido nos preços dos ativos ao longo do ano. Ao mesmo tempo, a expectativa de corte de juros pelo Federal Reserve em dezembro, seguido por possível redução da Selic já na reunião de janeiro, pode criar um ambiente ainda mais favorável para ativos de risco tanto no Brasil quanto no exterior.

Desempenho dos Índices e Fundos

Os fundos da Santa Fé registraram resultados muito positivos em novembro. O SF Scorpius FIA apresentou forte alta de 7,63%, superando de forma ampla o Ibovespa, que avançou 6,37% no mês, e reforçando a eficiência da estratégia da gestora em um ambiente de elevada entrada de fluxo estrangeiro. O SF Aquarius FIM avançou 2,86%, acima do CDI de 1,05%, mantendo seu perfil de diversificação e consistência.

Empresas em Destaque

• Simpar (SIMH3): A companhia apresentou resultados sólidos e se beneficiou do apetite do mercado por empresas sensíveis a juros, contribuindo de forma relevante para o desempenho do mês.
• Cyrela (CYRE3): O setor de construção civil manteve forte tração em novembro, e a Cyrela reportou números consistentes que reforçaram sua posição de liderança no segmento de média e alta renda.
• Aura Minerals (AURA33): Os resultados robustos e o bom momento do ouro impulsionaram o desempenho da empresa, que segue se beneficiando da demanda global por metais preciosos e do ambiente de maior volatilidade.

Perspectivas

O mês de dezembro se inicia com um ambiente otimista para os mercados. A combinação entre possível corte de juros pelo Federal Reserve, perspectiva de início do ciclo de flexibilização monetária no Brasil e sazonalidade positiva cria condições para um encerramento favorável para os ativos de risco.

Entramos em 2026 com um cenário aberto no campo político e com expectativas importantes para a trajetória econômica do país. Acreditamos que, mesmo em meio às incertezas, seguiremos bem posicionados para capturar oportunidades e entregar resultados consistentes aos nossos cotistas.

Atenciosamente,
Equipe de Gestão Santa Fé