A tradição da Santa Fé é redigir cartas trimestrais para comentários sobre os produtos e o cenário de mercado. No entanto, quando o momentum atropela o tempo, alguns destaques se tornam necessários. O IBOV encerrou o último mês com uma queda acumulada de 1,60%, mas esse número, por si só, não traduz tudo o que ocorreu nos últimos 30 dias.
Outubro foi uma verdadeira montanha-russa para os mercados locais e internacionais. As disputas municipais no Brasil e as eleições federais nos EUA, associadas ao crescente risco fiscal brasileiro e à possibilidade de novos estímulos na economia chinesa, ditaram o tom dos ativos. Esse cenário pressionou a curva de juros, que atingiu máximas históricas, assim como a valorização do dólar. Mesmo com essas oscilações, nosso portfólio respondeu bem ao momento, encerrando com as seguintes valorizações: Aquarius FIM +0,48%; Agro FIM -0,03%; e Scorpius FIA +1,20%.
Como destaques dos portfólios, trazemos algumas teses que vêm gerando alfa (ganho em relação ao benchmark) e valorizando nossas cotas:
Para o restante do ano, nossas perspectivas seguem bastante positivas. Enxergamos na eleição de Donald Trump uma oportunidade para o Brasil aumentar sua participação no mercado internacional de commodities, especialmente agrícolas. As questões fiscais brasileiras devem receber atenção especial, ainda que a contra gosto do governo, com um pacote de cortes de gastos, o que pode aliviar as pressões sobre o dólar e a curva de juros. Por fim, os tão aguardados estímulos chineses, previstos para até 8 de novembro, podem marcar um fluxo positivo para mercados emergentes.
Posicionamos nossos fundos para capturar os ganhos nesse cenário com as seguintes estratégias:
No último estresse da NTN-B longa durante os anos de 2015/2016, quando a taxa passou de 7%, o que vimos foi uma forte performance após a estabilização da situação. Nesse caso em 4 anos o retorno foi de 153% da NTN-B vs 40% do CDI.
2. Aumento da exposição a produtores rurais, beneficiados pela demanda chinesa, cujos ativos ainda estão em níveis de desconto recordes;
Historicamente a SLC Agrícola encontra-se nas mínimas na relação entre o preço de tela e seus ativos líquidos.
3. Aumento do risco da carteira de ações
4. Operações com Índice Futuro e estruturas de opções para ganhos mais acentuados;
5. Aumento da posição nos principais ativos constituintes do índice Ibovespa: Itaú, Vale e Petrobrás.
Agradecemos a confiança e reafirmamos nosso compromisso com uma gestão ativa e diligente.
Atenciosamente,
Equipe de Gestão Santa Fé