Os ventos mudam assim como o fluxo dos investimentos!
Sempre gostei do mar e de navegar e todo marinheiro sabe que aqueles dias de calmaria e sem vento antecedem tempestades. “Every sailor knows that the sea is a friend made enemy”, da composição Every Breaking Wave do U2, traduzindo para linguagem dos mercados, tempos de baixa volatilidade antecedem momentos de muita volatilidade e com ela muda também muda a preferência dos investidores por um setor ou outro, por uma empresa ou outra.
Uma carteira de ações deve ser sempre olhada como algo vivo que vai sofrendo mutações de acordo com o fluxo e por isso precisa de ajustes. Tenho dito que muitos dos nomes que foram estrela nos últimos anos não estarão na lista dos melhores de 2021 e, talvez alguns daqueles que andaram esquecidos voltem a brilhar, sem contar com alguns novos nomes vindos dessa leva de IPOs dos últimos anos.
Chama a atenção a perda de força de nomes como Magazine Luiza e mesmo Natura, queridinhas dos gestores e que tem perdido o brilho, pelo menos por enquanto. Do outro lado merecem um olhar nomes como Bradesco e Brasil Foods antes rejeitados e que vem se destacando.
Entender essas mudanças é um grande desafio, verdadeiro exercício de desapego e disciplina.
Lembro de nomes importantes como Tenda e SulAmérica que admiramos muito mas perderam o brilho no passado e exigiram uma mudança de postura na nossa gestão. Vale recordar, também, Lojas Renner que tanto gostamos e admiramos e voltou a compor nossa carteira em março depois de muitos meses ausente.
Assim como as estações do ano as melhores empresas podem ir e voltar para nossa carteira. Nunca deixamos de acompanhá-las e admirá-las mas aprendemos, com a nossa experiência, a entender essa dança que também se assemelha a um jogo de xadrez, onde às vezes usamos a Dama outras vezes o Bispo ou as Torres sem falar no trabalho incansável dos peões!
Atenção aos sinais!