O Dia Internacional da Mulher teve origem no movimento operário e se tornou uma data anual reconhecida pela ONU. Em 1908, cerca de 15 mil mulheres marcharam por Nova York exigindo a redução da jornada de trabalho, melhores salários e direito a voto. Um ano depois, o Partido Socialista da América declarou o primeiro Dia Nacional da Mulher.
A proposta de tornar a data internacional veio em 1910, através de Clara Zetkin, uma líder ativista e defensora dos direitos das mulheres. Entretanto, a data só foi oficializada em 1975, quando a ONU passou a celebrá-la.
Mas porque 8 de Março? A data só foi oficializada após uma greve que começou em 23 de fevereiro de 1917, pelo calendário juliano, utilizado na Rússia na época e quando mulheres russas exigiam “pão e paz”.
Este dia corresponde a 8 de março no calendário gregoriano — data em que nós que adotamos o Calendário Gregoriano o comemoramos. Por causa do esforço delas, o Czar foi forçado a abdicar, e o governo provisório concedeu às mulheres o direito ao voto.
Assim, nesta semana comemora-se o “nosso” dia. Um dia para novamente nos depararmos com caminhos que enfrentamos e obstáculos silenciosos que vamos superando. Comigo não foi diferente, desde que cheguei ao mundo:
Feminismos à parte (um dos meus irmãos, inclusive, me intitula “Fê”minista), acredito que não há mais espaço para tal insegurança e para sermos tratadas sem igualdade. Mulheres são poderosas, cheias de capacidades que as levam ao sucesso em qualquer profissão.
O que há de mais lindo nessa vida é descobrirmos nosso propósito, nossa missão e isso independe de nascermos homens ou mulheres. Nosso propósito nos leva longe de forma leve e feliz, nos dá força para encarar qualquer desafio e ultrapassar os sarrafos cada vez mais altos.
Sou a quarta filha. Cheguei na família já como minoria, pois meus irmãos mais velhos são todos homens. Quando digo homens, visualize grandes HOMENS bem sucedidos. Sarrafo alto.
Hoje, em plenos 43 anos consigo perceber que nesta posição em que nasci, tinha dois caminhos para sobreviver:
Optei pela segunda via. Gostava de bonecas, mas preferia os cavalos e as bolas; adorava as aulas de história, mas fazia um esforço grande para também saber lidar com matemática. Entrei cedo na faculdade e muito rapidamente me tornei independente: empreendedora, casada, com 2 filhos e tocando tudo ao mesmo tempo. Superei o sarrafo.
Hoje, trabalhando no mercado financeiro, percebo que minha história de vida me ajudou muito a me posicionar firme e defender que há espaço para todos. Quando me percebo, frequentemente, como a única mulher em uma sala de reuniões lotada, lembro dos jantares em casa e sigo em frente.
Mas me pergunto, porque tem que ser assim? Papéis diferentes têm relação com características humanas individuais e diversas, não com gênero. Em finanças é preciso organização e foco, mas também é preciso escutar, empatia e paciência.
Porém me questiono, não existem mulheres fortes e homens empáticos? Percebem como não faz sentido essa necessidade de departamentalizar e colocar cada um na sua caixinha sexualizada?
Por isso hoje, dia 08 de março eu queria propor um parabéns geral para todos os seres humanos, do sexo feminino, que entendem seu papel no mundo, se dedicam a ele e corajosamente conquistam o que desejam, ocupando seu espaço entre mulheres e homens!
Chamemos este 08 de março de Dia Internacional da Coragem!