ASPAS COM O GESTOR, NOVEMBRO 2024
Desafios e Oportunidades nos Mercados Globais e Nacionais
O mês de novembro foi intenso para os mercados globais e nacionais, marcado por eventos macroeconômicos significativos que exigiram revisões rápidas e ajustadas em nossas estratégias de investimento. A reeleição de Donald Trump, a frustração com os estímulos econômicos da China e o aguardado pacote fiscal brasileiro trouxeram volatilidade e incertezas que testaram a resiliência dos portfólios.
Apesar dos desafios, identificamos oportunidades em empresas com perfil defensivo e forte exposição ao mercado externo. Entre os destaques do mês, mencionamos:
- Petrobras (PETR4): A companhia foi favorecida pela desvalorização cambial, consolidando-se como uma grande exportadora de petróleo. Além disso, o recente anúncio de distribuição dividendos extraordinários reforçou sua atratividade para os investidores.
- Suzano (SUZB3) e Gerdau (GGBR4): Empresas do setor de papel e celulose e siderurgia, respectivamente, que se mostram resilientes em cenários de alta do dólar, apresentando sólidos fundamentos e fluxo de caixa dolarizado.
- Marfrig (MRFG3): No setor de proteínas, a Marfrig se destacou ao aproveitar a valorização cambial e a demanda internacional. Sua sólida estrutura operacional, aliada à capacidade de adaptação às condições de mercado, reforça sua posição como uma das principais exportadoras do segmento no Brasil.
Em meio a um cenário desafiador, o SF Agro Hedge FIM foi o destaque positivo da Santa Fé em novembro. Com uma carteira focada em empresas exportadoras do agronegócio, o fundo demonstrou resiliência e conseguiu capturar oportunidades alinhadas à valorização do dólar e ao crescente aumento da demanda global por commodities agrícolas.
Cenário Macroeconômico
No âmbito internacional, a reeleição de Donald Trump nos Estados Unidos trouxe movimentos significativos ao mercado financeiro global. As promessas de tarifas comerciais reforçaram o fortalecimento do dólar e ampliaram a volatilidade nos mercados emergentes, especialmente na América Latina. Apesar disso, o Brasil se posiciona de forma favorável para suprir a demanda global por commodities, com destaque para o agronegócio.
Na China, os estímulos econômicos anunciados em novembro ficaram aquém das expectativas, frustrando investidores e pressionando os preços de commodities como minério de ferro. A percepção geral é de que medidas mais robustas possam surgir no início de 2025, após a posse do governo norte-americano.
No cenário doméstico, o pacote fiscal anunciado pelo Ministro da Fazenda trouxe ajustes esperados, mas foi recebido com ceticismo pelo mercado. Embora algumas medidas de cortes de gastos tenham sido implementadas, o impacto geral foi de maior desconfiança, resultando em elevação da curva de juros e valorização do dólar frente ao real.
Estratégias e Ajustes no Portfólio
Diante desse cenário desafiador, optamos por reforçar nossa posição em empresas exportadoras, priorizando ativos com receitas em dólar, como Vale, Suzano e Gerdau, que se beneficiam diretamente do fortalecimento da moeda americana. Além disso, aumentamos nossa exposição a setores defensivos, como energia e saneamento, que possuem contratos indexados à inflação e oferecem maior resiliência em tempos de incerteza econômica. Para proteger o portfólio da alta da inflação, incrementamos nossa alocação em títulos públicos indexados, como NTN-Bs, que trazem segurança em meio ao aumento da volatilidade.
Paralelamente, ajustamos nossa exposição em setores mais vulneráveis à alta da Selic, como construtoras e varejo, concentrando nossas posições em empresas com fundamentos mais sólidos. Essas decisões refletem nossa busca contínua por equilíbrio entre proteção e captura de oportunidades no mercado.
Perspectivas
O cenário para os próximos meses requer cautela. O fortalecimento do dólar, a volatilidade em mercados emergentes e os desafios fiscais domésticos continuarão moldando nossas estratégias. Apesar disso, seguimos confiantes na resiliência de nosso portfólio, em nossas teses de investimento e na capacidade de adaptação às condições do mercado. Mesmo em tempos de maior incerteza, acreditamos que a busca por fundamentos sólidos e uma visão de longo prazo são essenciais para garantir a consistência dos resultados e aproveitar as oportunidades que possam surgir.
Agradecemos a confiança e reafirmamos nosso compromisso com uma gestão ativa e diligente.
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Atenciosamente,
Equipe de Gestão Santa Fé