DEPOIS DA TEMPESTADE…

Nas últimas duas semanas vivemos aqui no Brasil uma aparente tempestade.  Uma reforma tributária muito questionada e apresentada de forma confusa. Uma PEC para parcelar precatórios que surgiram após erro grave de avaliação da equipe econômica. E mais, um presidente em constante atrito com tudo e com todos, em especial com os ministros do STF que por sua vez seguem extrapolando de suas atribuições.

Com esse quadro e após um longo período de olhos fechados para uma Brasília turbulenta, barulhenta e confusa, parece que recentemente o mercado acordou, mas como de costume exagerou. Nem tanto ao mar nem tanto à terra. Sim o cenário piorou mas como sempre “stops” e reduções de volatilidade por parte principalmente dos gestores locais exacerbaram o sentimento de frustração. Nessas horas a porta de saída é pequena e o último a sair que apague a luz!! 

Já vimos esse filme mas fazia tempo que não reprisava… são momentos de nervosismo, incompreensão em que o psicológico comanda e ele é um péssimo piloto. 

Exatamente porque momentos como esse acontecem é que vivemos dizendo ao investidor para conhecer seus limites de risco, os instrumentos e empresas em que investe e, principalmente, ter um plano, uma estratégia bem definida, somente assim é possível encarar uma situação perversa como uma grande oportunidade!

Sim uma oportunidade! Aconteceu alguma coisa com as fábricas da Weg? Com os fornos da Usiminas? Com as minas da Vale? Com os sistemas do BTG ou do Pan? Alguma outra pandemia no horizonte? O mundo entrou em crise? Ou os ruídos vem somente do planalto central?

São os ecos de uma tragicomédia vinda de Brasília! Foi assim no Joesley day, na greve dos caminhoneiros, no impeachment da Dilma etc etc etc! Sim, já disse algumas vezes mas repito, o Brasil de Brasília cansa …. mas existe sim um Brasil que avança, e nessa hora o seu foco como investidor deve estar nele, pelo menos é onde está o meu como gestor com algumas décadas de janela.

Procure se proteger na tempestade, faça pouco e somente o simples! Não será a primeira nem a última tempestade. O Brasil não é para amadores e talvez diversificar um pouco regionalmente seja uma boa alternativa. Vale a reflexão, afinal ano que vem tem eleição e a volatilidade vai seguir na pauta.

Finalmente deixo aqui a minha percepção de cenário: bolsa a 110 mil pontos com os lucros que temos visto por aí é barata! Juros de dois dígitos não condizem com a realidade atual e o Dólar a 5,500 com o cenário atual nos parece exagerado. 

Somos otimistas!